Masterclasse destinada a alunos do Conservatório
08 de maio das 10:00 às 12:30 (Grupo 1) Inscrições até 06 de maio de 2024
09 de maio das 10:00 às 12:30 (Grupo 2) Inscrições até 07 de maio de 2024
Duração: 2h30m
Local: Salão de Orquestra do Conservatório.
Grátis para os alunos do Conservatório
Externos: 10€
(vagas limitadas)
Inscrições: AQUI
André Santos
Nasci no Funchal, Ilha da Madeira, a 21 de agosto de 1986, onde vivi até completar 19 anos. Cresci ao som da música do meu irmão mais velho, que me inspirou e com quem aprendi a tocar guitarra. Rapidamente percebi que a música deveria ser o meu destino, mas devido às incertezas da vida e às dúvidas da minha juventude, só em 2005 me inscrevi num curso de Jazz no Conservatório da Madeira.
Um ano depois, muito motivado, mudei-me para Lisboa para ingressar na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas – Hot Club de Portugal. Aqui, conheci um grande número de colegas com quem tocar e trocar ideias, bem como professores experientes que me ensinaram ao mais alto nível.
Dois anos depois, estreou-se o tão aguardado bacharelato em Jazz na Escola Superior de Música de Lisboa e consegui matricular-me logo no primeiro ano. O curso durou 3 anos e durante esse tempo conheci uma grande quantidade de excelentes músicos, a maioria dos quais ainda tenho a oportunidade de tocar hoje em dia.
Desde o início dos meus estudos, participei em numerosos workshops e masterclasses, todos verdadeiramente importantes para mim enquanto músico. No entanto, tenho de destacar alguns que realmente deixaram marca, como o do grupo de André Fernandes e do grupo de Akiko Pavolka, em 2005 no Funchal; a Escola de Verão de Jazz de Lisboa de 2010 com o Quinteto de Danilo Pérez; e o Begues Jazz Camp de 2012 com Jordi Rossy, Peter Bernstein, Joe Martin, Bill McHenry e Bruce Barth. Também organizei algumas masterclasses, como as com os músicos John Taylor, Lee Konitz, Dan Weiss/Ohad Talmor e Peter Bernstein.
Depois de obter o meu diploma em 2010, tornei-me professor na mesma escola que me acolheu em Lisboa, a Escola de Jazz Luiz Villas-Boas – Hot Club de Portugal. Em 2011, ganhei dois prémios em duas competições distintas. Primeiro, o “Prémio de Melhor Banda” com o Quinteto de André Carvalho, no Concurso de Jazz de Bucareste; e em segundo lugar, o 1º lugar na categoria de Jazz Combo da 25ª edição do Prémio Jovens Músicos, com o Quarteto de Ricardo Toscano. Foi também em 2011 que me disseram que a famosa cantora portuguesa Teresa Salgueiro estava a fazer audições para um guitarrista na sua própria banda, com quem iria gravar o seu álbum de estreia como vocalista principal. Candidatei-me e fui escolhido. Entre março de 2011 e março de 2013 gravei e fiz digressões com a Teresa pelo mundo, desde o México até Macau, passando por Itália, Espanha, Polónia, Suécia, Sérvia, Montenegro e Eslovénia.
Entretanto, também gravei e fiz digressões com a banda L.A. New Mainstream, do grande compositor/arranjador/trombonista alemão Lars Arens. Uma configuração muito desafiadora juntamente com grandes músicos e um repertório único. Em abril de 2013, tive a oportunidade de tocar com a incrível cantora Sara Serpa na Festa do Jazz do São Luiz e com a única e inigualável Orquestra de Jazz de Matosinhos, com Ohad Talmor e Julien Arguelles e suas composições. 2013 foi um grande ano. Foi o ano em que lancei o meu primeiro álbum ‘Ponto de Partida’, com 9 músicas originais com Ricardo Toscano no saxofone alto, João Hasselberg no contrabaixo e João Pereira na bateria, bem como três convidados especiais: Gianni Gagliardi no saxofone tenor, Joana Espadinha e Margarida Campelo na voz. Além disso, também gravei com António Quintino, o seu álbum de estreia ‘Prólogo’ e tive a oportunidade de tocar com bandas muito inspiradoras como Demian Cabaud ‘Benespera’ e Jeff Davis/Marc Miralta Quartet.
Em 2014, meu principal objetivo era promover o meu álbum de estreia, mas também pretendia gravar um novo, o projeto Mano a Mano, juntamente com meu irmão Bruno. Gravámos na nossa cidade natal em abril e o álbum foi lançado em dezembro. Fiquei muito feliz por finalmente gravar com o meu irmão o primeiro de muitos álbuns! Como sideman, foi em 2014 que toquei pela primeira vez em Paris, com músicos como Lionel Boccara, Yoni Zelnik, Vincent Frade e Viktor Nyberg. Um mês depois, fui convidado a tocar com o ensemble Steffen Schorn ‘Universe of Possibilities’ na Festa do Jazz do São Luiz. Entretanto, senti que precisava de agitar as coisas e focar ainda mais na minha música, então decidi fazer o Mestrado em Jazz no Conservatório de Amesterdão, então depois de ter sido aprovado no exame de admissão, mudei-me para Amesterdão em setembro de 2014. Durante este período, conheci muitas pessoas novas e formei a minha nova banda, um trio com o contrabaixista Matt Adomeit e o baterista Tristan Renfrow.
De setembro a maio de 2015, esta banda foi o meu principal foco e escrevi alguma música nova com esta secção rítmica poderosa e imprevisível em mente e agendei uma digressão por Portugal, além de alguns concertos em Amesterdão, sendo o do Bimhuis na série Rough Diamonds muito especial. Entretanto, alguns projetos em Portugal continuavam e em março de 2015 fiz o último concerto do meu CD anterior ‘Ponto de Partida’ na Festa do Jazz do São Luiz 2015 e o meu amigo Gonçalo Marques lançou o seu CD ‘Cabeça de nuvem só tem coração’, que gravámos no verão de 2014.
Em setembro de 2015 mudei-me para Filadélfia devido a um programa de intercâmbio entre o Conservatório de Amesterdão e a Universidade Temple, onde permaneci até dezembro de 2015. Passei os quatro meses entre Filadélfia e Nova Iorque, aproveitando ao máximo esta oportunidade para conhecer ambas as cidades, assistir a tantos concertos quanto possível, ter aulas e realizar concertos. Durante este período, toquei em várias salas como o Chris’ Jazz Cafe; The Shrine; The Bar Next Door; Silvana; Club Bonafide e Rockwood Music Hall com músicos como Vinnie Sperrazza; André Carvalho; Chris Cheek; Peter Brendler; Rogério Boccato; Gianni Gagliardi; Pablo Menares e Jesse Simpson.
Em janeiro de 2016, regressei a Amesterdão para concluir o meu mestrado. Primeiro, finalizei e apresentei minha pesquisa de mestrado ‘CHORDOPHONIA: um novo repertório para braguinha, rajão e viola d’arame’ sobre estes três instrumentos de corda da minha cidade natal, Madeira. Depois, comecei a pensar e a preparar o meu concerto final, agendado para 9 de maio, onde fiz duas pequenas apresentações, uma com o Mano a Mano (com o meu irmão Bruno) e outra com o meu trio com Tristan Renfrow na bateria e Matt Adomeit no contrabaixo. Correu muito bem e terminei o meu mestrado com uma nota de 9 em 10.
Entretanto, em fevereiro de 2016, gravei um novo disco com Lars Arens, um disco de big band com o seu repertório único. Estou sempre feliz por ser desafiado pela música de Lars e estou ansioso para ouvir o resultado final! Também gravei o meu segundo álbum ‘Vitamina D’ com Tristan e Matt no final de abril, aproveitando as 6 horas de gravação que cada estudante de mestrado tem no estúdio do Conservatório de Amesterdão. Fizemos 7 músicas originais e continuámos a trabalhar na pós-produção depois do meu regresso a Portugal em maio de 2016 até à data de lançamento em 25 de agosto, pela Robalo music.
Entretanto, entre um verão ocupado na Madeira e em Lisboa, fui escolhido para fazer parte da Orquestra de Jovens do Mediterrâneo do Festival d’Aix en Provence, em julho. Aqui tive a oportunidade de trabalhar com Raphael Imbert e conhecer 12 músicos de países de todo o Mediterrâneo, como Síria, Turquia, Líbano, Argélia, Tunísia, Grécia, Itália, Eslovênia e França. Preparámos o espetáculo durante 2 semanas, onde cada músico trouxe um pouco da sua tradição musical e músicas originais, e depois fizemos quatro concertos no Festival d’Aix en Provence, La Savine & Villa Méditerranée (Marselha) e Unicredit Pavillon (Milão).
Em setembro de 2016, fiz a digressão de lançamento do meu álbum ‘Vitamina D’, tocando 6 concertos em grandes locais como a Culturgest (Lisboa), o Cine-Teatro Avenida (Castelo Branco) e o Teatro Baltazar Dias (Funchal).
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